Aprendendo a pensar com a Sociologia.
Zygmunt Bauman foi um sociólogo e filósofo polonês, professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia. Bauman utilizou o conceito de “Modernidade Líquida” (ou “Pós-Modernidade”) como forma de explicar como se processam as relações sociais na atualidade. Esses seriam, para ele, justamente, os traços essenciais das relações sociais na atualidade.
O ser humano é um ser social que se constrói através de várias instâncias ao longo do tempo. A gente adquire várias características a partir das nossas vivências. A atribuição de identidade é tanto um processo social quanto um processo interno pessoal ( sua auto identificação).
Você pode se descrever como preto, branco, ruivo, latino ou russo. No entanto: as outras pessoas vão te enxergar como se descreve? Existe um grupo social acolhedor para como você se descreve? Se existe você está disposto a estar nesse grupo social e/ou transformar esse grupo social? Por exemplo: Qual o negro é o preto legítimo? Os que possuem mais melanina? Os que têm traços fenotipicamente Africanos ou os que têm alguns traços europeus?
As nossas relações possuem efemeridades, nunca temos uma conexão completa. Nós como seres humanos, nos envolvemos com outros de determinadas maneiras só que esse envolvimento não é homogêneo. O livro fala que quanto mais alheio for nosso entrosamento com alguns grupos, mais generalizada será a nossa percepção desses grupos. Durante a nossa passagem neste plano, inevitavelmente viveremos em diferentes grupos. Grupos muitas vezes alheios à nós o que classificaremos como : “estranhos” lembra o Pensador.
Com o advento da internet e a globalização, a conexão forçou o aumento da separação entre os “estranhos “ ou de generalizá-los. A identidade dos grupos sociais são construídas através da negação do outro. Se eu não sou isso, é porque eu sou aquilo.
A segregação social citada pelo filósofo no livro, começa a se limitar, exatamente por não sermos mais capazes de pré-julgar um determinado grupo pelas suas características porque tudo passa a ser mais normalizado, afinal, frequentamos os mesmos lugares e consumimos os mesmos produtos. As pessoas são mais líquidas, as relações são mais superficiais e as segregações entre os grupos sociais são mais subjetivas.
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